Um rio nunca é o mesmo..


EU... caçador(a) de mim


O fator tempo muda de forma irreversível um objeto ou entidade...

e o que pensamos ser a mesma coisa, só porque tem o mesmo nome, na realidade é algo em fluxo contínuo de mudança.

Compartilho o meu olhar...o meu olhar mutante.

fevereiro 24, 2008

Tirando a roupa velha para receber o Novo...

Desculpem a insistência com o tema, mas, assim como a lagarta que demoradamente vai se transformando em borboleta, eu ainda estou em processo de transformação. Deixando a roupa velha de lado...para receber o novo.








Tirando a roupa velha para receber o Novo
Por Rubia A.Dantas



À noite, quando me deitei para dormir, senti nitidamente nas minhas costas... exatamente no ponto atrás do coração... uma sensação de pequenos choques eletromagnéticos... Fiquei quieta e observei que o quarto todo estava permeado por um campo de energia azulada... que às vezes vem e me passa muita paz...
Era tão real que parecia que uma mão de luz me passava aquela vibração naquele ponto.
Senti aquilo como uma liberação no meu corpo de algum bloqueio... e fiquei assim até que de repente fui tomada por um sentimento inesperado de medo da morte de uma pessoa querida. Sei que esses sentimentos representam uma transformação (morte e renascimento) na gente mesmo, de alguma parte que tem relação com o outro... mas saber disso não aliviou em nada a dor que sentia e chorei como uma criança... convulsivamente... meu corpo todo parecia estar chorando...
Depois de um tempo me acalmei e o sentimento de dor foi substituído por um de amor... Agora eu a via além da personalidade... como um ser de luz que reconheci profundamente... e senti por essa pessoa um amor, que nunca havia sentido antes... Ao mesmo tempo veio a dor de não ter percebido até então esse amor e esse reconhecimento... chorei mais um pouco, mas nesse Amor não tinha lugar para dramas... e a dor se dissolveu naquela energia de um Amor muito novo... e muito profundo... até que dormi...

Dormi e sonhei com o final de algo que me dava suporte espiritual... sendo purificado pelo fogo, me indicando que as coisas terminaram naquela forma, que me deram apoio até então... No sonho me sinto completamente desamparada pensando em como seria sem o que até agora fora o meu caminho... Até que um homem aparece e me fala que... “uma régua simples mede tanto quanto uma régua muito enfeitada”... Aquilo fez tanto sentido para mim que renovou a minha Fé no Grande Mistério... Como se uma chuva fina e suave me tocasse de leve para lembrar que... mesmo que tudo esteja perdido, existe algo que permanece e é por esse algo que buscamos...
Entendi profundamente o que ele queria dizer.... bateu com o sentimento que eu vinha tendo ultimamente de que não vamos mais precisar de muitas das coisas que precisávamos... como se agora as coisas passassem a ser extremamente simples e diretas...

Sonhei outras coisas e também chorei por elas... Parecia uma liberação sem fim... ligada à minha família, às minhas crenças... Acordei algumas vezes naquela noite, chorando...

Até que acordei de vez na manha seguinte com a exata sensação de estar naquele vazio depois da casinha, quando percebo que ela não existe mais... e não sei para onde estou indo... agora demonstrado pelo vazio deixado pelas coisas que me davam sustentação e conforto até então...

Fiquei por uns dois dias completamente perdida da minha realidade... Não me via em lugar nenhum nem indo para lugar algum... Não tinha mais para onde voltar... nem como continuar nada do que fazia até então... e isso era extremamente desconfortável.
Não vislumbrava nenhuma possibilidade que pudesse fazer sentido naquele momento.
As coisas que me alimentavam a Alma até então... não faziam mais esse papel... Senti-me literalmente perdida em um vazio sem fim...
Tentei recriar a casinha na montanha de neve e voltar ao conforto do quarto... Consegui recriar e entrar.... mas logo saí porque não senti mais conforto ali... parecia que eu não cabia mais naquela paisagem.
Até pensei que eu havia entrado no vazio errado... mas uma voz interna me fala que aí não existe certo nem errado... e nem julgamento.

Mas lá no fundo a minha Fé no Grande Mistério pulsava silenciosa...
E foi com ela que caminhei esses poucos dias que pareceram uma eternidade.

Constatei que achava que já estava tão desapegada de tantas coisas... mas descobri apego a outras ainda mais sutis e que... talvez por isso, nos prendem ainda mais.
Quantas ilhas de conforto criamos com nossos conceitos, que nem sabemos que existem... mas que servem de parâmetro nas nossas escolhas nos impedindo de viver o novo?

Quais são os nossos conceitos de acolhimento.... confortável... bom.... ruim... amor, que atuam o tempo todo sem nos darmos conta, filtrando nossas experiências e nos impedindo de fluir com o presente?

Sei que não é com a razão que vou encontrar essas respostas, mas sinto que criamos cenários que nos dão segurança e que nos acolhem e alimentam por muito tempo... Vestimos fantasias que nos serviram com perfeição e esquecemos de tirá-las quando o carnaval passou...

Entendi que entrei no novo com uma roupa velha... e que por isso nem desfrutei de estar no vazio.
Parece que essas novas energias vão nos desafiar de muitas formas... especialmente se entramos no novo tempo vestidos ainda com roupas do tempo que passou.
Essas novas energias estão disponíveis... e para recebê-las ou... estarmos nelas, precisamos deixar o velho, por mais confortável e aconchegante que nos tenha parecido até então... porque nela, as coisas podem fluir com muito mais facilidade e com soluções ainda nem imaginadas... Fluir...

Acredito que estamos sendo preparados para coisas que fogem completamente ao que estamos habituados até agora... e isso pode a princípio nos parecer frio ou sem sentido porque... ainda estamos presos ao que nos serviu de apoio até então...
Entendo que muitas vezes as coisas “boas” possam ser mais difíceis de deixar do que as ditas “ruins” porque elas nos dão conforto... mas se lembramos que esse conforto do conhecido pode prender e até levar a estagnação, podemos deixar ir com mais facilidade o apego às muitas “casinhas”... que já nos serviram de abrigo... Entendi que estou limpando da memória todos os conceitos do que é... conforto... acolhimento... amor... agradável... bom... ruim...
Estou limpando muitas coisas... o apego a muitas coisas... e não foram fáceis esses dias... mas como aqui o tempo passa, ele passou.
.. e em uma bela manhã de sábado acordei renascida... O Sol brilhava e eu me sentia nova... E nesse dia soube que aquela orquídea branca aqui do jardim havia desabrochado em duas lindas flores... e ainda havia duas por desabrochar...

Será que vamos ter coragem de buscar no mais profundo do nosso coração o que realmente queremos... Será que ainda vamos nos contentar com o “mais ou menos” se temos direito ao AMOR?
fonte:Link: Somos Todos Um

fevereiro 19, 2008

Olha a sincronicidade de novo!!!

Olha a sincronidade de novo aí, gente!!!

O tema agora deu para "aparecer" através de vários meios à minha frente!

Um link que costumo visitar "Somos Todos Um" abordou-o por duas vezes no mesmo dia.

Transcrevo, agora, os artigos:

Enfrentar as mudanças com gratidão
por El Morya Luz da Consciência - nucleo.elmorya@terra.com.br



"Não há nada de novo entre o céu e a Terra. Tudo já foi dito, mas, pouco compreendido... Não é possível dar saltos sem que haja prejuízos.
A separação só existe para quem vive na ilusão da limitação dos sentidos físicos.
Tempo e espaço não existem - procurem sentir isso". Kuthumi.



Krishna ensinou que "o eu deve morrer para que nasça o EU”. E Jesus disse que “temos que perder a vida a fim de conquistá-la”.
O melhor a fazer, quando enfrentamos o desafio da mudança, é agradecer por ele, pois a gratidão é a energia que faz milagres em todas as dimensões. Qualquer mudança provoca uma série de sentimentos contraditórios, angustiantes, tentamos nos proteger da realidade, às vezes fingindo não ver ou contestando, arrumando desculpas e até mesmo, negando.

Apesar disso tudo, algo lá no fundo de nosso coração, nosso eu mais profundo nos aponta sem dó: MUDE! Ou ficará estagnado.
Todo ser infinito expande sua mente, porque possui a força divina, a luz e a sabedoria, ele é aquilo que a ele foi dado – LUZ!
Dentro do coração daquele que possui a mente repleta de luz não pode haver dúvida, nem descrença e nem desânimo, só existe lugar para a fé e uma força latente que vibra e o mantém pulsando. Assim, ele seguirá quebrando barreiras.
O maior instrumento que possuímos para enfrentar nossos desafios é mudar sem questionar e ainda aprender a ser grato. A aura de um ser que emana gratidão, reveste-se de minúsculos pontos brilhantes de luz. Essa luz promove dentro de nossas células um enorme poder de cura e libertação.

Enfrentar uma mudança requer consciência elevada e discernimento para driblar nosso ego resistente, pois existe uma criança dentro de cada um, cheia de expectativas em relação aos outros, à vida, à filosofia que segue, etc. E ela espera que suas necessidades sejam satisfeitas para que não sinta medo e insegurança.
Para muitos de nós este estado infantil latente fica muito evidente quando a mudança se impõe. Nos sentimos injustiçados, traídos e responsabilizamos os outros.
Quando presos a este estado, perdemos a força, a confiança e pensamos, agimos e até intuímos baseados nele.

A melhor maneira de enfrentar isso é ter consciência. Acompanhar a mudança, mergulhar intensamente nela e agradecer... sempre. Estar aberto para o universo e acolher a mudança, para alcançar a expansão.

O progresso significa mudança e unidade. E como estamos sempre resistindo, a Mãe Natureza começou a nos disciplinar, dando exemplos.
Tudo aquilo que aprendemos e abraçamos até hoje devido ao progresso, a própria ciência tem nos mostrado que existe seu lado destrutivo; ou seja, existem efeitos colaterais no progresso.
Os seres humanos já investiram muito nisso até hoje e agora é hora de MUDAR!
Nossa escolha deve estar baseada no Caminho do Meio. Queremos um planeta livre e saudável, mas não abrimos mão de tudo que significa progresso, mesmo sabendo que isso o prejudica. Não mudamos nem para salvar a natureza!

Assim é também com relação às nossas escolhas pessoais. Queremos evoluir, mas, não saímos da zona de conforto, resistindo às mudanças.
A história de Buda nos dá o exemplo disso.

"Sua resistência ocorreu quando teve que escolher entre agradar aos pais e à mulher e o desejo de compreender o sentido da vida para toda humanidade".Alguns podem pensar na sua grande renúncia como falta de amor pela família, mas, aqueles que possuem consciência entenderam seu grande Momentum de Despertar.
Ele estabeleceu um compromisso com sua busca de iluminação. Estava pronto.

Livre das amarras materiais, com domínio pleno sobre a matéria, somente guiando-se pelas Leis Universais do Amor Incondicional, Ele seguiu seu caminho apesar das turbulências, porque ESTAVA PRONTO!
Estar pronto significa ser Uno com tudo e todos e deixar que a Energia Cósmica Universal se manifeste.
Não se deixar levar por opiniões alheias e seguir o coração, mesmo que o rumo que ele aponte seja incompreensível para a maioria, pois, somente ele fala a linguagem de nossa Alma..

Mestre El Morya diz:"Nada do que foi feito será perdido. Nada do que for sentido será esquecido. Não temas jamais e confia na Criação. Constrói um pouco a cada dia, mas, faze-o com Amor, Respeito e Ordem".






O medo do Novo

Por que será que tudo o que é novo, não habitual, diferente daquilo com o que estamos acostumados, nos causa tanto medo?
Sempre que somos levados a enfrentar uma mudança em nosso padrão de vida, nos vemos tomados por um temor de que algo de ruim venha suceder.
Provavelmente isto acontece porque fomos sempre ensinados a procurar por segurança, por situações em que nos sintamos confortáveis e acomodados.

Embora a existência seja feita de mudanças - e para constatarmos isto basta observar o fluxo ininterrupto de mutações que a natureza nos revela cotidianamente -, nós, seres humanos, insistimos em construir uma vida estável, onde nada nos surpreenda, ou nos faça sentir a ansiedade diante do desconhecido.

É natural e compreensível que uma situação ainda não experimentada nos mobilize internamente, mas isto não deveria ser necessariamente ruim e sim uma oportunidade de testarmos nossa capacidade de responder a ela de forma criativa e original.

O problema é que desejamos ter respostas prontas para todas as ocasiões e acreditamos ser possível possuir uma receita que nos dê a garantia de que nos sairemos bem em qualquer circunstância.
Este é um condicionamento comum à maior parte da humanidade, por isto, uma lição essencial que os mestres costumam transmitir aos seus discípulos é que eles devem aprender a lidar com a vida com a inocência e o deslumbramento de uma criança.

Cada novo desafio deve ser enfrentado com a disposição interior de que se encontrará o caminho mais acertado. Isto exige uma mudança em nosso padrão usual de reação, que deve passar do medo e da negatividade, para o otimismo e a confiança.

Seguir o próprio coração é essencial, pois ele é sempre o melhor conselheiro quando as crenças negativas insistem em nos paralisar. Acreditar em nossa capacidade de vencer as dificuldades e obstáculos é o único meio de avançarmos em direção ao novo sem qualquer receio.
...“Você já viu uma criança correndo no mar? Tão estimulada! Em tamanha euforia! Colecionando conchas e pedras coloridas. Você já viu uma criança correndo num jardim para apanhar uma borboleta? Você nunca correrá daquele modo mesmo se Deus estiver lá; você não correrá daquela maneira. Você não estará tão enlevado mesmo se Deus estiver lá. Você se moverá como um cavalheiro. Você não se apressará, você não será louco. Você sempre manterá suas maneiras; você sempre mostrará que é maduro, que você não é uma criança.

E Jesus disse: ‘Somente aqueles que são como crianças, estarão prontos para entrar no meu Reino de Deus’ – somente aqueles que são como crianças, somente aqueles que ainda são capazes de maravilhar-se. Maravilhar-se é o grande tesouro da vida. Uma vez que você perca a capacidade de maravilhar-se, você terá perdido sua vida – então você se arrasta, mas não terá uma vida longa. E conhecimento mata o maravilhar-se.

Este é um dos mais difíceis problemas que a mente moderna está enfrentando, porque o conhecimento tem se acumulado mais e mais a cada dia... Portanto a religião tem desaparecido – porque religião pode existir somente com o maravilhar-se, com olhos repletos de maravilha; olhos que não conhecem, mas estão prontos para correr em alguma direção para ver o que há lá; olhos inocentes, corações virgens. Então se lembre de permanecer capaz de maravilhar-se como uma criança.

A ciência se desenvolve a partir da dúvida. A religião cresce a partir do mistério. Entre as duas está a filosofia. Ela ainda não se decidiu – segue suspensa entre a dúvida e o mistério. Algumas vezes o filósofo duvida e outras vezes ele se extasia. Ele está justamente no meio. Se ele duvidar demais, aos poucos ele se torna um cientista. Se extasiar-se demais, aos poucos se torna religioso.
Por esta razão é que a filosofia está desaparecendo do mundo – porque noventa e nove por cento dos filósofos se tornam cientistas. E... grandes mentes, grandes intelectos penetradores, têm se tornado religiosos.A Filosofia está quase perdendo sua base...

Se você se torna cético demais, você se torna cientista. Se você se torna excessivamente como uma criança, você se torna religioso. A ciência existe com a dúvida. Religião existe com o mistério. Se você quer ser religioso então crie mais mistérios, descubra mais mistérios. Permita que seus olhos sejam mais preenchidos por maravilhas do que por qualquer outra coisa. Seja surpreendido por tudo que está acontecendo.

...Apenas ser é tão miraculoso, apenas respirar é tão miraculoso. Apenas respirar e apenas ser – nada mais é necessário para uma pessoa religiosa. Estar preenchido pelo mistério. E quando alguém está preenchido pelo mistério, o louvor desperta, e o louvor é uma prece. Quando você vê esta maravilhosa existência, você começa a louvá-la. No seu louvor, a prece surge. Você diz: ‘Sagrado, sagrado, sagrado’. É sagrado. É tão belo e tão sagrado”.
OSHO - A Sudden Clash of Thunder.

fevereiro 18, 2008

Eu...caçando novos caminhos!!!

Salvador Dali/Metamorphosis of Narcissus


Este ano minha vida profissional está tomando novos caminhos...portanto,novas descobertas,novas relações, novos saberes e sabores, novos olhares, novas perspectivas, novas esperanças.

Tenho experimentado sensações e sentimentos contraditórios. Ao mesmo tempo que estou gostando muito do mundo de informações e conhecimentos que estou tendo acesso, tenho experimentado medo, insegurança e outros sentimentos, que eu diria, até naturais, afinal, quem não se sente inseguro diante daquilo que desconhece?????
Quem não quer ficar no terreno já conhecido, macio, confortável e cômodo???

Mas é preciso mudar, porque ficar no morno do conhecido, por mais cômodo que possa parecer, acaba uma hora ou outra provocando desconforto.

Como dizia um dos meus compositores favoritos - Raul Seixas
"Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo..."


E para mudar, é preciso se permitir.
Permitir o desapego.
Permitir a descoberta.
Permitir o aprender.
Permitir um novo caminho.
Permitir novas reflexões.
Permitir novos relacionamentos.
Permitir outros olhares.
Permitir outros eus...

Permitir ser uma metamoformose ambulante!

Até que o novo seja incorporado, até que tudo faça parte do seu repertório, até que o novo não seja mais tão novo assim...

E não se apegar novamente... NÃO SE APEGAR, NÃO SIGNIFICA NÃO AMAR!!!, porque acredito que, quem ama liberta!!!



Que bom que me permiti mudar, estou descobrindo muito dos outros e de mim mesma.
Salvador Dali/Criança e Geopolítica Observando o Nascimento do Homem Novo



Recebi via mail esta oração...bem oportuna para o momento.



Oração de Recomeço
Oh! Deus, me impeça de mais uma vez fechar as portas para o novo que quer entrar em minha vida.
Dai-me esperança e confiança de que existe um horizonte à minha espera e que só depende de mim mesma começar a caminhar.
Quero cada vez mais buscar a verdade no meu sentimento, ouvir a voz do coração.
Guia meus passos, mostra-me o caminho a seguir.
Quero deixar para trás meus fardos, minhas culpas e caminhar leve e livre pela Terra, agradecida a tudo e a todos, apreciando o caminho, plantando flores nos jardins da vida, amando o máximo que me for possível, sendo pura de alma e coração. Que eu possa atrair as pessoas certas para minha vida, os acontecimentos corretos e que possa me livrar do apego, do medo, do arrependimento e da tristeza.
Amém.

fevereiro 12, 2008

SINCRONICIDADE


No dia 07 deste mês, nós os educadores de SBC
retornamos ao trabalho e fomos recebidos com o
teatro de bonecos "A turma do Bairro"da Ong SORRI,e,
coincidentemente (?!)o assunto abordado era
inclusão escolar
,tema já introduzido anteriormente no blog.
Através da apresentação dos bonecos pudemos, de maneira lúdica pensar
na questão da inclusão, sob o ponto de vista do próprio deficiente,
representado pelos bonecos.

Então mais uma vez o assunto veio à tona...

Sincronicidade?????????

pesquisando o significado desta palavra, encontrei:

Wikipédia- Sincronicidade é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal mas por relação de significado. A sincronicidade é também chamada por Jung de "coincidência significativa".

O termo Sincronicidade foi utilizado pela primeira vez em publicações científicas em 1929, porém C.G.Jung demorou ainda mais 21 anos para acabar o livro "SINCRONICIDADE : UM PRINCÍPIO DE CONEXÕES ACAUSAIS", onde expõe o conceito e propõe o início da discussão do assunto. Um de seus últimos livros e segundo ele o de elaboração mais demorada devido a complexidade do tema e da impossibilidade de reprodução dos eventos em ambiente controlado.

Basicamente, é a experiência de se ter dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente.

A sincronicidade difere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativos. Foi um princípio que Jung sentiu abrangido seus conceitos de Arquétipo e Inconsciente coletivo.

Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e necessita de uma compreensão, essa compreensão poderia surgir espontaneamente, sem nenhum raciocínio lógico. A esse tipo de compreensão instantânea Jung dava o nome de "insight".

Jung afirmava que temos quatro funções básicas: razão, emoção, sensação e intuição. No nosso ser, geralmente uma delas é predominante. Mas quando trabalhamos internamente estas funções na direção do equilíbrio, uma nova função é acrescentada: a sincronicidade.



Sincronicidade, coincidência ou puro acaso (não acredito no acaso!!!)
o fato é que, ele novamente apareceu no meu caminho.

fevereiro 06, 2008

Carta aos pais - Rubem Alves

As férias acabaram...o carnaval também...agora é hora de pensar na volta ao trabalho!
Já que no artigo Situação mundial da infância-2008, postado aqui em 05/02/08, é falado um pouco sobre as necessidades enfrentadas por algumas famílias, chegando, muitas vezes, a provocar nas crianças, devido às carências sofridas, algumas defasagens físicas, cognitivas, emocionais e sociais, o que poderia torná-las casos de inclusão,sem mencionar aqui as diversas outras causas,achei oportuno colocar este texto (o grifo é meu)de Rubem Alves. Ele é perfeito para aqueles pais, ou até mesmo educadores, que ainda pensam que a inclusão não deve ser feita da maneira como tem sido, ou seja, em classes regulares (ou "normais").
Então vamos a ele:


Ah! troquei a música. Agora a "Ciranda da Bailarina" da Adriana Calcanhoto ilustra melhor.

Afinal quem é "normal"??????????? só mesmo a bailarina, conforme a música...ou como diz o autor,perfeitas mesmo só "maravilhosas peças de madeira de uma feira de artesanato"




Carta aos pais - Rubem Alves - (Correio Popular, 09/02/03)


Também sou pai e portanto compreendo. Vocês querem o melhor para o filho, para a filha. A melhor escola, os melhores professores, os melhores colegas. Vocês querem que filhos e filhas fiquem bem preparados para a vida. A vida é dura e só sobrevivem os mais aptos. É preciso ter uma boa educação.

Compreendo, portanto, que vocês tenham torcido o nariz ao saber que a escola ia adotar uma política estranha: colocar crianças deficientes nas mesmas classes das crianças normais. Os seus narizes torcidos disseram o seguinte: Não gostamos. Não deveria ser assim! O problema começa com o fato de as crianças deficientes serem fisicamente diferentes das outras, chegando mesmo, por vezes, a ter uma aparência esquisita. E isso cria, de saída, um mal-estar... digamos... estético. Vê-las não é uma experiência agradável. É preciso se acostumar... Para complicar há o fato de as crianças deficientes serem mais lerdas: elas aprendem devagar. As professoras vão ser forçadas a diminuir o ritmo do programa para que elas não fiquem para trás. E isso, evidentemente, trará prejuízos para nossos filhos e filhas, normais, bonitos, inteligentes. É preciso ser realista; a escola é uma maratona para se passar no vestibular. É para isso que elas existem. Quem fica para trás não entra... O certo mesmo seria ter escolas especializadas, separadas, onde os deficientes aprenderiam o que podem aprender, sem atrapalhar os outros.

Se é assim que vocês pensam eu lhes digo: Tratem de mudar sua maneira de pensar rapidamente porque, caso contrário, vocês irão colher frutos muito amargos no futuro. Porque, quer vocês queiram quer não, o tempo se encarregará de fazê-los deficientes.

É possível que na sua casa, num lugar de destaque, em meio às peças de decoração, esteja um exemplar das Escrituras Sagradas. Via de regra a Bíblia está lá por superstição. As pessoas acreditam que Deus vai proteger. Se assim fosse, melhor que seguro de vida seria levar uma Bíblia sempre no bolso. Não sei se vocês a lêem. Deveriam. E sugiro um poema sombrio, triste e verdadeiro do livro de Eclesiastes. O autor, já velho, aconselha os moços a pensar na velhice. Lembra-te do Criador na tua mocidade, antes que cheguem os dias das dores e se aproximem os anos dos quais dirás: "Não tenho mais alegrias..." Antes que se escureça a luz do sol, da lua e das estrelas e voltem as nuvens depois da chuva... Antes que os guardas da casa comecem a tremer e os homens fortes a ficar curvados... Antes que as mós sejam poucas e pararem de moer... Antes que a escuridão envolva os que olham pelas janelas... Antes que as pessoas se levantem com o canto dos pássaros... Antes que cessem todas as canções... Então se terá medo das alturas e se terá medo de andar nos caminhos planos... Quando a amendoeira florescer com suas flores brancas, quando um simples gafanhoto ficar pesado e as alcaparras não tiverem mais gosto... Antes que se rompa o fio de prata e se despedace a taça de ouro e se quebre o cântaro junto à fonte e se parta a roldana do poço e o pó volte à terra... Brumas, brumas, tudo são brumas... (Eclesiastes 12: 1-8)

Os semitas eram poetas. Escreviam por meio de metáforas. Metáfora é uma palavra que sugere uma outra. Tudo o que está escrito nesse poema se refere a você, a mim, a todos. Antes que se escureça a luz do sol... Sim, chegará o momento em que os seus olhos não verão como viam na mocidade. Os seus braços ficarão fracos e tremerão no seu corpo curvo. As mós - seus dentes - não mais moerão por serem poucos. E a cama pela manhã, tão gostosa no tempo da mocidade, ficará incômoda. Você se levantará tão cedo quanto os pássaros e terá medo de andar por não ver direito o caminho. É preciso ser prudente porque os velhos caem com facilidade por causa de suas pernas bambas e podem quebrar a cabeça do fêmur. Pode até ser que você venha a precisar de uma bengala. Por acaso os moinhos pararão de moer? Não, os moinhos não param de moer. Mas você parará de ouvir. Você está surdo. Seu mundo ficará cada vez mais silencioso. E conversar ficará penoso. Você verá que todos estão rindo. Alguém disse uma coisa engraçada. Mas você não ouviu. Você rirá, não por ter achado graça, mas para que os outros não percebam que você está surdo. Você imaginou uma velhice gostosa. E até comprou um sítio com piscina e árvores. Ah! Que coisa boa, os netos todos reunidos no "Sítio do Vovô", nos fins de semana! Esqueça. Os interesses dos netos são outros. Eles não gostam de conviver com deficientes. Eles não aprenderam a conviver com deficientes. Poderiam ter aprendido na escola mas não aprenderam porque houve pais que protestaram contra a presença dos deficientes.

A primeira tarefa da educação é ensinar as crianças a serem elas mesmas. Isso é extremamente difícil. Fernando Pessoa diz: Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim. Frequentemente as escolas esmagam os desejos das crianças com os desejos dos outros que lhes são impostos. O programa da escola, aquela série de saberes que as professoras tentam ensinar, representa os desejos de um outro, que não a criança. Talvez um burocrata que pouco entende dos desejos das crianças. É preciso que as escolas ensinem as crianças a tomar consciência dos seus sonhos!

A segunda tarefa da educação é ensinar a conviver. A vida é convivência com uma fantástica variedade de seres, seres humanos, velhos, adultos, crianças, das mais variadas raças, das mais variadas culturas, das mais variadas línguas, animais, plantas, estrelas... Conviver é viver bem em meio a essa diversidade. E parte dessa diversidade são as pessoas portadores de alguma deficiência ou diferença. Elas fazem parte do nosso mundo. Elas têm o direito de estar aqui. Elas têm direito à felicidade. Sugiro que vocês leiam um livrinho que escrevi para crianças, faz muito tempo: Como nasceu a alegria. É sobre uma flor num jardim de flores maravilhosas que, ao desabrochar, teve uma de suas pétalas cortada por um espinho. Se o seu filho ou sua filha não aprender a conviver com a diferença, com os portadores de deficiência, e a ser seus companheiros e amigos, garanto-lhes: eles serão pessoas empobrecidas e vazias de sentimentos nobres. Assim, de que vale passar no vestibular?

Li, numa cartilha de curso primário, a seguinte estória: Viviam juntos o pai, a mãe, um filho de 5 anos, e o avô, velhinho, vista curta, mãos trêmulas. Às refeições, por causa de suas mãos fracas e trêmulas, ele começou a deixar cair peças de porcelana em que a comida era servida. A mãe ficou muito aborrecida com isso, porque ela gostava muito do seu jogo de porcelana. Assim, discretamente, disse ao marido: Seu pai não está mais em condições de usar pratos de porcelana. Veja quantos ele já quebrou! Isso precisa parar... O marido, triste com a condição do seu pai mas, ao mesmo tempo, sem desejar contrariar a mulher, resolveu tomar uma providência que resolveria a situação. Foi a uma feira de artesanato e comprou uma gamela de madeira e talheres de bambu para substituir a porcelana. Na primeira refeição em que o avô comeu na gamela de madeira com garfo e colher da bambu o netinho estranhou. O pai explicou e o menino se calou. A partir desse dia ele começou a manifestar um interesse por artesanato que não tinha antes. Passava o dia tentando fazer um buraco no meio de uma peça de madeira com um martelo e um formão. O pai, entusiasmado com a revelação da vocação artística do filho, lhe perguntou: O que é que você está fazendo, filhinho? O menino, sem tirar os olhos da madeira, respondeu: Estou fazendo uma gamela para quando você ficar velho...

Pois é isso que pode acontecer: se os seus filhos não aprenderem a conviver numa boa com crianças e adolescentes portadores de deficiências eles não saberão conviver com vocês quando vocês ficarem deficientes. Para poupar trabalho ao seu filho ou filha sugiro que visitem uma feira de artesanato. Lá encontrarão maravilhosas peças de madeira...

fevereiro 05, 2008

Para onde estamos fugindo?

Falando em tempo, deixa eu postar rapidinho o texto de hoje porque estou com muuuuuuuuita pressa!!!

Leonardo Boff

Uma das característica principais do atual momento é a aceleração do tempo. O espaço terrestre praticamente o conquistamos. Mas o tempo continua sendo o grande desafio: poderemos dominá-lo? A corrida contra ele se dá em todas as esferas, a começar pelo esporte. Em cada olimpíada busca-se superar todos os tempos anteriores, especialmente na clássica corrida dos cem metros. Os carros devem ser cada vez mais velozes, os aviões e os foguetes têm que superar a velocidade da geração anterior. No agronegócio se utilizam promotores químicos de crescimento para encurtar o tempo e lucrar mais. A internet é de altíssima fluidez e sem cabos, pois, para ganhar tempo, tudo é feito via satélite. E a aceleração atingiu especialmente as bolsas. Quanto mais rapidamente se transferem capitais de um mercado para outro, acompanhando o fuso horário, mais se pode ganhar. Como nunca antes "tempo é dinheiro".

Logicamente, em todo esse processo há um elemento libertador pois o tempo foi, em grande parte, vivenciado como servidão. Não podemos detê-lo. Por outro lado produz um impacto sobre a natureza que possui seus tempos e ciclos. O impacto não é menor sobre as mentes das pessoas que se sentem atordoadas, particularmente as mais idosas, perdendo os parâmetros de orientação e de análise daquilo que está ocorrendo no mundo e com elas mesmas. Vale a pena essa irrefreável corrida? Para onde estamos fugindo?

Ai daqueles que não se adaptam aos tempos. Em termos de trabalho são ejetados do mercado pois suas habilidades ficaram obsoletas. Os que se resignam, perdem o ritmo do tempo e são considerados preconcemente envelhecidos ou simplesmente retardatários. Isso pode ocorrer com países inteiros que não incorporam os avanços da tecno-ciência. Todos são obrigados rapidamente a se modernizar e a ser emergentes.

Para onde nos levará essa corrida contra o tempo? Ele sempre nos ganha pois não podemos congelá-lo. Ele simplesmente passa devagar ou acelerado como nos grandes túneis de aceleração de partículas.

Mas importa considerar que há tempos e tempos. O tempo natural do crescimento de uma árvore gigante pode demorar 50 anos. O tempo tecnológico de sua derrubada com a motoserra pode durar apenas 5 minutos. Quanto tempo precisamos para crescer em maturidade, sabedoria e conquistar o próprio coração? Às vezes uma vida inteira de 80 anos é curta demais. O tempo interior não obedece ao tempo do relógio. Precisamos de tempo para trabalhar nossos conflitos interiores que às vezes nos obrigam a parar.

Uma reflexão do mestre zen Chuang-Tzu de 2.500 anos atrás nos parece muito inspiradora. Ele conta que havia um homem que ficava tão perturbado ao contemplar sua sombra e tão mal-humorado com suas próprias pegadas que achou melhor livrar-se de ambas. O método foi da fuga, tanto de uma quanto de outra. Levantou-se e pôs-se a correr. Mas sempre que colocava o pé no chão aparecia a pegada e a sombra o acompanhava sem a menor dificuldade.

Atribuiu o seu erro ao fato de que não estava correndo como devia. Então pôs-se a correr velozmente e sem parar, até que caiu morto por terra. O erro dele, comenta o Mestre, foi o de não ter percebido que, se apenas pisasse num lugar sombrio, a sua sombra desapareceria e caso ficasse parado, não apareceriam mais suas pegadas.

Não é isso que hoje se impõe fazer? Dar uma parada? Aqui reside o segredo da felicidade e da ansiada paz interior. ----------------------------------------------------------

Situação Mundial da Infância - 2008

Sei muito bem o que é isso!!!
Como educadora recebo muitas crianças de famílias desfavorecidas.
Então vamos ao dados feitos pela Unicef...



Mais da metade das crianças brasileiras com idade até 6 anos são muito pobres

No último dia 22 de janeiro, a Unicef divulgou o relatório “Situação Mundial da Infância 2008”, que revela que das 20,6 milhões de crianças brasileiras com idade até 6 anos, 11,5 milhões (55,8%) fazem parte de famílias com renda mensal inferior a meio salário mínimo. Mais da metade dessas crianças muito pobres são negras.

Em idade fundamental para o desenvolvimento físico e mental, nossas crianças enfrentam sérios problemas em seu dia-a-dia para sobreviver.

É bem verdade que a situação melhorou em vários aspectos. Houve uma significativa melhora na taxa de mortalidade, que caiu de 46,9 para 24,9 por mil nascidos vivos, de 1990 a 2006. Entretanto ainda morrem cerca de 180 crianças por dia em nosso país, vítimas da pobreza.

A desigualdade das condições de vida nas diferentes regiões do Brasil são, ainda, enormes. Enquanto que o Índice de Desenvolvimento Infantil em estados das regiões Sul e Sudeste registram índices acima de 0,800, nas regiões Norte e Nordeste, esse índice não ultrapassa os 0,655.

Os pequenos avanços apontados pelo relatório fomentam a comemoração das pessoas envolvidas na luta pela melhoria de vida dos pobres em nosso país e na batalha pela superação da pobreza. Comemorar pequenas melhorias nesse campo é legítimo e encorajador. Entretanto a quantidade de crianças muito pobres que sobrevivem na miséria e daquelas que morrem antes mesmo de completar os 5 anos de idade significam, ainda, uma vergonha muito grande para um país que figura entre as 10 maiores economias do mundo.

O poeta argentino Armando Tejada Gómez, com arte e beleza, chama atenção para a responsabilidade que toda a sociedade deve assumir diante desse fato tão triste. Ele poetiza:

A esta hora, exatamente, há uma criança na rua.

É dever do homem proteger o que cresce, cuidar para que não haja uma infância dispersa pelas ruas, evitar que naufrague seu coração de barco, sua enorme vontade de pão e chocolate, caminhar por seus países de bandidos e tesouros pondo-lhes a esperança no lugar da fome.

De outro modo é inútil ensaiar na terra a alegria e o canto, de outro modo é absurdo porque de nada vale se há uma criança na rua.

Importam duas maneiras de conceber o mundo. Uma, ser alguém como as outras pessoas ou arrancar cegamente dos demais a bolsa e a outra, um destino de salvar-se com todos, comprometer a vida até o último naufrago.

Como se pode dormir de noite se há uma criança na rua?...

É difícil não se deixar cooptar pelas idéias festejantes e pelas atitudes comemorativas desta hora, em que os governantes, em suas mesas fartas, em suas casas amplas em ruas arborizadas e cercadas por agentes de segurança cantam vitória e fingem que dormem de consciência tranqüila.

Mas é imperativo que se resista à tentação de achar que tudo está bem. É preciso resistir, perseverar e, de jeito nenhum, de deixar de lutar, pois a esta hora, exatamente, não há uma criança na rua. Há muitas crianças na rua.


Flávio Boleiz Júnior

A viagem da vida...


A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.

Quando nascemos, entramos nesse magnífico trem e nos deparamos com algumas pessoas, que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco, nossos pais.

Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível. Isso porém não nos impedirá que durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos, filhos e amores inesquecíveis!

Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajeto somente tristezas e ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.

Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não nos impede é claro que possamos ir ao seu encontro.No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado,pois já haverá alguém ocupando aquele assento.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os outros passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente também fraquejaremos e com certeza haverá alguém que
nos acudirá com seu carinho e sua atenção.

O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades. Acredito que sim, me separar de muitas amizades que fiz será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinha será muito triste com certeza....mas me agarro na esperança que em algum momento
estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar. Estarão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarcaram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui uma grande colaboradora para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos façam com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.

(desconheço o autor)

Receitas desintoxicantes de verão



















ótimas para depois do carnaval!!!

Conceição Trucom
(química, cientista, palestrante e escritora sobre
temas voltados para o bem-estar e qualidade de vida)


O limão
é uma fruta digestiva, refrescante, desintoxicante,
adstringente, vitalizante e mineralizante. Ele combina com todas as
frutas, mesmo com as famosas indigestas como a melancia, o melão e o
pepino.
As limonadas são o símbolo de um verão divertido. Com carinho e afeto
"as mamães" de todo o mundo, matam a sede dos filhos e seus
amiguinhos, das visitas e quem mais vier, certo?
Pois bem, existem muitas formas de fazer limonadas. A mais comum é
espremer o suco do limão, adicionar água gelada, açúcar e gelo,
misturar e servir. Desta opção não acho graça.

Existe a limonada suíça, quando se bate no liquidificador o limão
inteiro (polpa + casca), com água gelada, gelo e açúcar. Esta receita
tem que ser servida imediatamente, pois certas substâncias contidas na
casca amargam muito rápido. Uma receita bem interessante, mas peca
pela presença do açúcar!

Existe a limonada cremosa, quando se descasca o limão, retirando a
casca e aquela entrecasca branca e se bate (num liquidificador bem
potente), como na limonada suíça, com água gelada, açúcar e gelo. Das
limonadas "mundanas" esta é a que mais aprecio, pois aquela fibra que
fica entre os gomos, quando bem triturada, confere uma cremosidade
especial à receita. Se o liquidificador tiver a potência comum, tal
limonada terá que ser coada e perderá bastante sua cremosidade.

Entretanto, como todos os meus leitores já sabem, faço de tudo para
evitar o consumo do açúcar, que é um não-alimento, útil para causar
sedações emocionais, mentais e doenças. Assim, as limonadas de frutas
a seguir, fazem uso do açúcar das próprias frutas para tornar tais
bebidas saborosas, nutritivas, saudáveis e terapêuticas.

Aproveite e faça um campeonato de decoração dos copos. As crianças e
adultos vão adorar! Use flores, folhas, pedaços das frutas... A
criatividade será o limite e você ficará surpresa com a inventividade
da sua turma.

Limonada de Melancia - energética e hidratante
Ingredientes: 1 1/2 xícara (chá) de melancia em cubos (com as
sementes) + suco fresco de 1 limão + folhas de hortelã ou talos de
erva-doce a gosto. Bata tudo no liquidificador com alguns cubos de
gelo, coe (opcional) e sirva imediatamente.

Limonada de Manga - antioxidante - excelente para a pele, unhas, visão
e ativar o sistema imunológico
Ingredientes: 1 xícara (chá) de manga em cubos + 1 cenoura picada em
rodelas + suco fresco de 1 limão + 1 xícara (chá) de água de
coco-verde. Bata tudo no liquidificador com alguns cubos de gelo e
sirva imediatamente.

Limonada cremosa de Maçã - energético e laxante
Ingredientes: 2 maçãs descascadas e picadas + suco fresco de 1 limão +
2 ameixas preta picadas + 1 colher (sobremesa) de trigo germinado (o
grão integral deve ser deixado de molho à noite na água da receita) +
1 xícara (chá) de água filtrada. Bata tudo no liquidificador com
alguns cubos de gelo e sirva imediatamente.

Néctar de Uva - desintoxicante, antioxidante e alcalinizante
Ingredientes: 1 xícara (chá) de uva vermelha ou preta (retire as
sementes) + suco fresco de 1 limão + 1 xícara de água de coco-verde +
1 colher (sobremesa) de semente de linhaça (deixada de molho
previamente na água água de coco da receita). Bata tudo no
liquidificador com alguns cubos de gelo, coe (para quem tem
constipação não recomendo coar) e sirva imediatamente.

Alto Astral - dispensa palavras!
Ingredientes: suco fresco de 2 laranjas lima + suco fresco de 1 limão
+ raspas da casca do limão a gosto + 1 cenoura picada (ou suco de 2
cenouras passado pela centrífuga) + 1 folha grande de couve manteiga
(ou 2 dedos do suco passado pela centrífuga). Misture tudo, acrescente
cubos de gelo e sirva imediatamente.

Sinergia da Aromaterapia para tratar Ansiedade & Insônia
Ingredientes: 5 ml de óleo essencial de lavandim (ou lavanda) + 3 ml
de óleo essencial de laranja doce + 2 ml de óleo essencial de limão
Tahiti. Misture tudo e embale num frasco escuro com tampa gotejadora.
Forma de uso: existem várias formas de realizar este tratamento. A
mais prática e eficiente é usando o colar que é um aromatizador
pessoal. Basta pingar 1-2 gotas a cada 1-2 horas dependendo da
intensidade da ansiedade ou insônia. A outra forma é pingar em um
lenço de papel e inalar, respirando profundamente, por uns 30-60
segundos. Pode-se colocar no seu local de trabalho, pingando 2-3 gotas
sobre uma peça cerâmica ou um pires. E a forma noturna de usar é
pingar no travesseiro até 5 gotas... e bom soninho.

fevereiro 04, 2008

HORTELÃ, OU MENTA

Nome científico: Menta spicata
Nome comum: Menta, Hortelã.
Nomes populares: Hortelã
Família: Lamiaceae
Habitat: Espalhada por todo o Mundo

História: Planta utilizada desde a antiguidade, com a sua origem
confundida com os mitos. A Hortelã era muito usada pelos egípcios,
hebreus, gregos, romanos e americanos, durante o século IX foram
introduzidas na Europa muitas variedades. Esta planta aparece
referenciada na bíblia aparece como dízimo. Os árabes decoravam as
mesas dos banquetes com Menta antes das festas e limpavam o chão com a
erva para estimular o apetite dos convidados. Uma das ninfas amadas
por Plutão, Minthe foi transformada em erva para fugir da ira da
ciumenta mulher do deus grego. Erva da amizade e do amor, símbolo da
hospitalidade, conta-se que Zeus e Hermes nas suas andanças pela
Terra, disfarçados, foram acolhidos para comer na casa de um casal de
pobres anciões que forraram a mesa com hortelãs para melhor
recebê-los. Os deuses então transformaram o casebre num palácio. Outra
lenda dá conta que Sherazade, a personagem que contou mil e uma noite
de histórias ao sultão para não morrer, relatava os seus contos ao
sabor de chã de hortelã.
Conservação: Secar na sombra num local bem ventilado.
APLICAÇÕES MEDICINAIS:
Partes utilizadas: Folhas, flores
Propriedades: diuréticas e anti-térmicas, estimulante
Componentes : vitaminas A,B e C. minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio)
Indicações : As folhas de Menta exercem ação tonica e estimulante
sobre o aparelho digestivo, além de possuir propriedades antisépticas
e ligeiramente anestésicas . Alivia também as dores de cabeça e dores
das articulações. Ligeiramente vermífugo (lombrigas e oxíuros),
calmante, é também um bom chá para gripes e resfriados. Combate
cólicas e gases, aumenta a produção e circulação da bílis. Favorece a
expulsão dos catarros e impede a formação de mais muco.
Receitas medicinais: Para picadas de insetos em crianças, colocar
rapidamente muitas folhas amassadas em cima da zona da picada. Para
dores abdominais, tomar um copo de leite aquecido com algumas folhas
de hortelã. A Infusão é indicada para gripes e resfriados.
Infusão - 3 gs em 100 ml de água fervente não mais que 5 minutos.
Óleo medicinal - Mergulhar um bom punhado de folhas e flores amassadas
em azeite por 4 dias para aplicações locais com massagens.
Outros usos :
Uso caseiro : Plantar perto das rosas para afastar os pulgões.
Espalhar folhas frescas ou secas nas despensas, para afastar os ratos.
Uso culinário : Muito utilizada nas receitas de carne de caça e
borrego, assim como nos legumes. É usada também como aromatizante de
doces e alimentos de conserva, na preparação de licores e xaropes e na
aromatização de tabacos.
Cosmética: Rejuvenescimento da pele e refrescante. A hortelã pimenta é
adstringente e clareia o tom da pele, pode também ser utilizada como
infusões para bochechar a boca para tirar o mau hálito.
Banho estimulante : Ferver em lume brando cerca de 3 minutos, 50
gramas de folhas de hortelã num litro de água. Misturar à água do
banho (tomar pela manhã).
Efeitos colaterais : Não deve ser consumida em grandes quantidade por
crianças e lactantes, pois pode causar dispnéia e asfixia. As mentas
não devem ser consumidas em grandes quantidades por longos períodos de
tempo, pois a pulegona contida na planta exerce ação paralisante sobre
o bolbo raquidiano. Pode causar insônia se for tomado antes de se
deitar.

Autor: André M. P. Vasconcelos (Engenheiro Agrônomo)

AINDA SOBRE O CARNAVAL

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ainda o carnaval...........


O Brasil é um país de inúmeras festas.

É assombroso o número de feriados no calendário anual.

Mas, se somarmos os dias que são emendados, teremos ao longo do ano, mais de quinze dias parados. Segundo especialistas do assunto, os prejuízos são enormes para o País.

Agora, nesta época, temos o feriado de carnaval.

Em alguns lugares perde-se mais de uma semana de trabalho.

É o festejo da alegria num País de quase 40 milhões de miseráveis.

Desde o início de janeiro a mídia vem explorando as folias de Momo, como se fosse o acontecimento mais importante do ano.

Fala-se em alegria, festa, colocar para fora as angústias contidas durante o ano passado. Infelizmente os caminhos propostos nada têm a ver com alegria ou alívio de tensões.

Ligamos a televisão e ouvimos a batida repetitiva das escolas de samba, cujo valor folclórico e cultural foi lentamente sendo perdido. Há muita gente que busca fazer do carnaval um momento de esperança, oportunizando empregos, abrigando menores e isso é muito valioso.

Entretanto, o grande saldo da festa se resume em duas palavras: ilusão e sensualidade.

Referimo-nos à ilusão dos entorpecentes, dos alcoólicos.

A ilusão de grandeza, que falsamente produz um imenso contraste entre a beleza da avenida e a subvida dos barracos.

Falamos da sensualidade que se torna material de venda, nos corpos desnudos e aparentemente felizes por fora, mas muitas vezes profundamente infelizes por dentro.

As emissoras não cansam de exibir os bailes, os concursos de fantasias, os desfiles, levando-os a todos os que se comprazem em observar a loucura.

Mas, ao longo do caminho, multiplicam-se os doentes de Aids, os abortamentos, a pobreza e o abandono, a violência.

Com o risco de sermos taxados de moralistas, num tempo em que se perdem as noções de moralidade, não podemos deixar de analisar criticamente esses disparates do mundo brasileiro.

Em nenhum momento nos colocamos contra a alegria. Porém, será justo confundir euforia passageira com alegria real?

Alegria de verdade seria viver num lugar onde não houvesse fome, violência, tráfico de drogas e tráfico de influências.

Não podemos nos colocar contra o alívio de tensões. Entretanto, alívio real seria encontrar um caminho para os graves problemas pelos quais o País atravessa.

O carnaval é bem típico da alienação espiritual que a sociedade se permite. De um lado, as falsas aquisições sociais de alguns, negadas pela agressividade de muitos; de outro, a falsa felicidade de quatro dias de folia, e 361 dias de novas e renovadas angústias.

Vale a pena?

Nestas horas, pessoas embriagadas, perdidas, usam um segundo de falso prazer, em troca de um enorme tempo de arrependimentos. Por quê? - perguntamos.

As pessoas pulam, vibram, e nem ao menos sabem o motivo da festa. Vão porque as outras pessoas também vão.

Enquanto a sociedade agir desta forma, sem personalidade digna, dando valores justamente aos desvalores, as pessoas continuarão sofrendo as conseqüências de seus próprios atos.

Vamos fazer destes dias de feriado, dias de alegria verdadeira, em paz conosco mesmos.

Vamos meditar, ler, pensar. Vamos conviver com nossa família e amigos, trocar idéias salutares.

Vamos orar também por aqueles que ainda não tiveram consciência de fazer o bem conforme o Cristo nos recomendou, e padecem nestes instantes de euforia descontrolada.


Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.
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EU QUERO, EU POSSO, EU ME TRANSFORMO

Luiz Antonio Gasparetto



Esqueça quem você foi ontem e, a partir de agora, seja alguém bem melhor. Basta querer

Hoje quero reforçar o tema que abordei na semana passada por meio de uma meditação. Convide um(a) amigo(a) para fazer o seguinte exercício junto com você. Primeiro, ele(a) lê em voz alta o texto a seguir enquanto você, de olhos fechados, sente o poder das palavras. Depois, vocês invertem os papéis.

"Eu estou consciente e tenho o poder de pensar como eu quero. Tenho o direito de pensar no que eu quero para o meu próprio bem. Eu tenho e posso impor ao meu mundo interior tudo aquilo que eu quiser. E quero me sintonizar com o melhor. Esqueço, a partir de agora, a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos. Penso apenas na paz. Penso nela, permitindo que seu perfume toque minha aura e atinja todas as áreas da minha vida, todos os cantos do meu corpo. Penso na paz com uma mensagem de ordem e equilíbrio perfeito.

Deixo fluir na minha cabeça a consciência do 'eu posso'. Eu posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro inteiro(a), viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim. Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer sentimento ou hábito negativo, qualquer paixão dolorosa. Porque eu sou espírito. Sou luz da vida em forma de pessoa.

Ah, universo, eu estou aberto(a) para o melhor para mim. Eu sei que muitas vezes sou levado(a) por uma série de pensamentos ruins. Mas é porque eu não conhecia a força da perfeição. Eu não conhecia a lei do melhor. Agora eu me entrego, me comprometo comigo, com o universo e contigo. Vou manter a minha mente aberta. Esse momento me desperta, me traz a inspiração ao longo do dia onde se efetiva a luz que irradia para quem insiste no próprio aperfeiçoamento.

Não quero pensar nas minhas fraquezas. Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonito(a), como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade. Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e me projeto com força nessa identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor. Despertar o meu espírito é viver nele. É ter a satisfação de ser eu mesmo(a). É poder ser original, único(a), pequeno(a) e grande ao mesmo tempo. Sei agora que o melhor está a meu favor. Meu sucesso, aliás, é o sucesso de Deus que se manifesta em mim como pessoa em transformação. Eu sinto como se tivesse sentado nessa cadeira da solidez universal porque eu estou no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há milhares de anos seguindo e não fui destruído(a). Porque o universo garante.

Grito dentro de mim mesmo(a): de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu.

O melhor sou eu!"


Luiz Antonio Gasparetto