Um rio nunca é o mesmo..


EU... caçador(a) de mim


O fator tempo muda de forma irreversível um objeto ou entidade...

e o que pensamos ser a mesma coisa, só porque tem o mesmo nome, na realidade é algo em fluxo contínuo de mudança.

Compartilho o meu olhar...o meu olhar mutante.

novembro 30, 2007

Uma crônica muito bonita...verdadeira? não importa!
Nos faz repensar sobre as crianças que encontramos nos faróis das grandes cidades.


AMOR COMO SANTO DE FRENTE
Soraia Saura

Cena cotidiana no centro de São Paulo: farol vermelho,
duas amigas dentro de automóvel simples, carros por
todos os lados. Estes multiplicam-se incansavelmente
nesta cidade casada com a Loucura. A visão do
inferno pode bem ser esta mesmo: 30 minutos no
mesmo lugar, no carro, sem rádio e a criança em casa
te esperando chegar. Mas o caso agora é asfalto para
o trabalho, óculos escuros que a vista anda mais
sensível nos últimos tempos por inexplicável motivo,
incrivelmente animadas neste mundo de maravilhas,
mais um dia, graças a Deus.


Assistem o aproximar de meninos de rua: pequeno
bando sujo, aos farrapos, estatura baixa, valentes,
brabos, fazendo miséria entre os vulneráveis
motoristas imobilizados pelo farol e pelo medo – gente
do bem, cada um cuidando de si e sem querer nada de
ninguém. Moleques malvados, garrafa de cola, cheiro
de bueiro, descalços e ágeis, morenos e pretos,
roupas gigantes que escondem objetos cortantes, nada
a perder, clamando o vale tudo do mundo como
deuses sem fé, muito poderosos, muitos,
muitos e por todos os lados.


Nossas janelas estão abertas para o mundo e para eles
e assim, para esta barulhenta e ameaçadora chegada,
aproximação confusa, certa e rápida. Solitárias em
meio aos outros carros, fechados, insufilmados,
envidraçados, todos a nos olhar com pena e pesar,
que descuido estas meninas, tão lindas. Fechem os vidros
meninas, fechem os vidros, dizem com os olhos.
“Não feche o vidro”. Não feche o vidro. E no mesmo instante
os menores já cercaram o carro em grande burburinho,
sobrancelhas cerradas, quanto menores mais agressivos,
sobrevivência nos olhos e um baixo tom impositivo na voz:
“dá o dinheiro aí”.


Respiração curta, sem saída, a amiga prende o ar.
E em fração infinitesimal de segundo –
esta que não pode ser quantificada nem medida,
que costumamos ignorar em grande erro, porque aí
é que se operam as grandes transformações da humanidade –
tira voz do fundo da alma, bem verdadeira:
“Dinheiro não dou, mas beijo dou”.


Que grande alegria, que grande festa chamada Festa
de distribuição de beijos na janela no sol na manhã.
Crianças aos montes na moldura aberta da vida,
meninos grandes e pequenos, de chupeta, chupando dedo,
fila, os de longe vindo perto, se é beijo também quero,
é beijo que está dando, primeiro eu, primeiro eu,
bicos e estalos para todos de sorriso largo,
ajeita o cabelo de um, a sobrancelha de outro,
o sujo da sua bochecha, mais beijos, muitos beijos,
beijos aos montes, kilômetros e kilômetros de beijos,
ataque violento de beijos para todos, moleques,
vocês merecem beijos.
É festa, é festa no centro da cidade.


Os motoristas olham atônitos e incrédulos,
esqueceram até que tinham pressa, essa é a revolução de beijo,
operando transformação com pequenos gestos e muita humanidade.
Talvez um dia morreremos assim: heróicos de amor e credo na vida,
mas não hoje. Hoje o farol abriu e todos acenam em despedida
– Tchau tia, obrigado! – inchados de coragem e crença no bem,
a vida sem mãe faz medo, envidraçados fazem medo - abriu sinal,
o mundo se movimenta, e nós entupidas de beleza e miséria,
amor e pobreza do mundo, consolo a amiga: eu tinha medo,
eu tinha tanto medo, e eles preferiram os beijos, eles queriam beijos,
eles não ganham beijos - eu sei, eu sei, todo mundo sabe,
mas não quer saber que o cheiro da rua pode entrar
no carro e o cheiro do carro pode sair para a rua.

novembro 25, 2007

Aguarre as oportunidades que a vida lhe apresenta




Já ancorado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam de fritura. Pensei :

Será que até aqui existem chineses fritando pastéis ?

Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada .

O efeito visual era belíssimo . Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo :

- Calma, você terá muito tempo para isso...

Nos 367 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu. . . .

"Algumas oportunidades são únicas ."

AMYR KLINK
Dicas para proteger o planeta



Vale a pena lembrar!
Cada um tem que fazer sua parte e não esperar que o outro faça...
São dicas que estão ao nosso alcance!
Envie essa lista por e-mail para seus amigos, divulgue no seu blog ou orkut, reproduza-a livremente.


53 DICAS PRÁTICAS PARA VOCÊ ECONOMIZAR ENERGIA E PROTEGER O PLANETA
1. Tampe suas panelas enquanto cozinha
Parece obvio, não é? E é mesmo! Ao tampar as panelas enquanto cozinha você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar.
2. Use uma garrafa térmica com água gelada
Compre daquelas garrafas térmicas de acampamento, de 2 ou 5 litros. Abasteça-a de água bem gelada com uma bandeja de cubos de gelo pela manhã. Você terá água gelada até a noite e evitará o abre-fecha da geladeira toda vez que alguém quiser beber um copo de água
3. Aprenda a cozinhar em panela de pressão
Acredite... dá pra cozinhar tudo em panela de pressão: Feijão, arroz, macarrão, carne, peixe etc... Muito mais rápido e economizando 70% de gás.
4. Cozinhe com fogo mínimo
Se você não faltou às aulas de física no 2º grau você sabe: Não adianta, por mais que você aumente o fogo, sua comida não vai cozinhar mais depressa, pois a água não ultrapassa 100ºC em uma panela comum. Com o fogo alto, você vai é queimar sua comida.
5. Antes de cozinhar, retire da geladeira todos os ingredientes de uma só vez
Evite o o abre-fecha da geladeira toda vez que seu cozido precisar de uma cebola, uma cenoura, etc...
6. Coma menos carne vermelha
A criação de bovinos é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Não é piada. Você já sentiu aquele cheiro pavoroso quando você se aproximou de alguma fazenda/criação de gado? Pois é: É metano, um gás inflamável, poluente, e megafedorento. Além disso, a produção de carne vermelha demanda uma quantidade enorme de água. Para você ter uma idéia: Para produzir 1 kg de carne vermelha é necessário 200 litros de água potável. O mesmo quilo de frango só consome 10 litros.
7. Não troque o seu celular
Já foi tempo que celular era sinal de status. Hoje em dia qualquer zé mané tem. Trocar por um mais moderno para tirar onda? Ninguém se importa. Fique com o antigo pelo menos enquanto estiver funcionando perfeitamente ou em bom estado. Se o problema é a bateria, considere o custo/benefício trocá-la e descartá-la adequadamente, encaminhando-a a postos de coleta. Celulares trouxeram muita comodidade à nossa vida, mas utilizam de derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Além disso, na maioria das vezes sua produção é feita utilizando mão de obra barata em países em desenvolvimento. Utilize seus gadgets até o final da vida útil deles, lembre-se de que eles certamente não foram nada baratos.
8. Compre um ventilador de teto
Nem sempre faz calor suficiente pra ser preciso ligar o ar condicionado. Na maioria das vezes um ventilador de teto é o ideal para refrescar o ambiente gastando 90% menos energia. Combinar o uso dos dois também é uma boa idéia. Regule seu ar condicionado para o mínimo e ligue o ventilador de teto.
9. Use somente pilhas e baterias recarregáveis
É certo que são caras, mas ao uso em médio e longo prazo elas se pagam com muito lucro. Duram anos e podem ser recarregadas em média 1000 vezes.
10. Limpe ou troque os filtros o seu ar condicionado
Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.
11. Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes
Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente.
12. Escolha eletrodomésticos de baixo consumo energético
Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados).
13. Não deixe seus aparelhos em standby
Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de standby de um aparelho usa cerca de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso.
14. Mude sua geladeira ou freezer de lugar
Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Mantenha-os afastados pelos menos 15cm das paredes para evitar o superaquecimento. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles então, nem pensar!
15. Descongele geladeiras e freezers antigos a cada 15 ou 20 dias
O excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo que gaste mais energia para compensar. Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.
16. Use a máquina de lavar roupas/louça só quando estiverem cheias
Caso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças, não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve.
17. Retire imediatamente as roupas da máquina de lavar quando estiverem limpas
As roupas esquecidas na máquina de lavar ficam muito amassadas, exigindo muito mais trabalho e tempo para passar e consumindo assim muito mais energia elétrica
18. Tome banho de chuveiro
E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro.
19. Use menos água quente
Aquecer água consome muita energia. Para lavar a louça ou as roupas, prefira usar água morna ou fria.
20. Pendure ao invés de usar a secadora
Você pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora.3
21. Nunca é demais lembrar: recicle Recicle no trabalho e em casa. Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Existem vários na rede Pão de Açúcar. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).
22. Faça compostagem
Cerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem: além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito.
23. Reduza o uso de embalagens
Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria.
24. Compre papel reciclado
Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas.
25. Utilize uma sacola para as compras
Sacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.
26. Plante uma árvore: Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde.
27. Compre alimentos produzidos na sua região
Fazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.
28. Compre alimentos frescos ao invés de congelados
Comida congelada além de mais cara, consome até 10 vezes mais energia para ser produzida. É uma praticidade que nem sempre vale a pena.
29. Compre orgânicos
Por enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas você sabia que, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais, insetos e ainda por cima absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura 'tradicional'? Se toda a produção de soja e milho dos EUA fosse orgânica, cerca de 240 bilhões de quilos de gás carbônico seriam removidos da atmosfera. Portanto, incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair com o tempo.
30. Ande menos de carro
Use menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.
31. Não deixe o bagageiro vazio em cima do carro
Qualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro vazio gasta 10% a mais de combustível, devido ao seu peso e aumento da resistência do ar.
32. Mantenha seu carro regulado
Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, ou de acordo com a recomendação do fabricante. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.
33. Lave o carro a seco
Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping.
34. Quando for trocar de carro, escolha um modelo menos poluente
Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Em cidades como São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos.
35. Use o telefone ou a Internet
A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou skype pode poupar você de stress, além de economizar um bom dinheiro e poupar a atmosfera.
36. Voe menos, reúna-se por videoconferência
Reuniões por videoconferência são tão efetivas quanto as presenciais. E deixar de pegar um avião faz uma diferença significativa para a atmosfera.
37. Economize CDs e DVDs
CDs e DVDs sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas você sabia que um CD leva cerca de 450 anos para se decompor e que, ao ser incinerado, ele volta como chuva ácida (como a maioria dos plásticos)? Utilize mídias regraváveis, como CD-RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas.
38. Proteja as florestas
Por anos os ambientalistas foram vistos como 'eco-chatos'. Mas em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.
39. Considere o impacto de seus investimentos
O dinheiro que você investe não rende juros sozinho. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.
40. Informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrata
Seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas também a sua margem de lucro alardeada todos os anos. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim?
41. Desligue o computador
Muita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes simplesmente por comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo e o monitor por até quinze minutos.
42. Considere trocar seu monitor
O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo? Doe a instituições como o Comitê para a Democratização da Informática.
43. No escritório, desligue o ar condicionado uma hora antes
do final do expediente Num período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que equivale a quase um mês de economia no final do ano. Além disso, no final do expediente a temperatura começa a ser mais amena.
44. Não permita que as crianças brinquem com água
Banho de mangueira, guerrinha de balões de água e toda sorte de brincadeiras com água são sem dúvida divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação, as crianças. Não deixe que seus filhos brinquem com água, ensine a eles o valor desse bem tão precioso.
45. No hotel, economize toalhas e lençois
Use o bom senso... Você realmente precisa de uma toalha nova todo dia? Você é tão imundo assim? Em hotéis, o hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia. Trocar uma vez a cada 3 dias já está de bom tamanho. O mesmo vale para os lençois, a não ser que você faça xixi na cama...
46. Participe de ações virtuais
A Internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site ClickÁrvore, que planta árvores com a ajuda dos internautas. Informe-se e aja!
47. Instale uma válvula na sua descarga
Instale uma válvula para regular a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário: mais quantidade para o número 2, menos para o número 1!
48. Não peça comida para viagem
Se você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim você economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas.
49. Regue as plantas à noite
Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas.
50. Frequente restaurantes naturais/orgânicos
Com o aumento da consciência para a preservação ambiental, uma gama enorme de restaurantes naturais, orgânicos e vegetarianos está se espalhando pelas cidades. Ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda verde está trazendo e assim estará incentivando o mercado de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e menos agressivos ao meio-ambiente.
51. Vá de escada
Para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia elétrica dos elevadores.
52. Faça sua voz ser ouvida pelos seus representantes
Use a Internet, cartas ou telefone para falar com os seus representantes em sua cidade, estado e país. Mobilize-se e certifique-se de que os seus interesses - e de todo o planeta - sejam atendidos.
53. Divulgue essa lista!

fonte:http://mudeomundo.com.br/50-acoes-contra-o-aquecimento-global/

novembro 23, 2007

Ufa...só de ler dá canseira!!!

Exigências da vida moderna (quem agüenta tudo isso??)
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C.

Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).

Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra.
Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia.

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.
Sobram três, desde que você não pegue trânsito.

As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.
Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.


Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.

Ah! E o sexo.
Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina.
Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.
Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação.

Na minha conta são 29 horas por dia.

A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!

Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos e seus pais.
Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher.

Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.

Agora tenho que ir.

É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro.

E já que vou, levo um jornal...

Tcháu....

Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.

Luís Fernando Veríssimo


Ainda perguntam:

- Você vive cansada????

POR QUE AS PESSOAS GRITAM?


POR QUE AS PESSOAS GRITAM? (digitar com letras maíusculas é o mesmo que "gritar" virtualmente)

Um dia Meher Baba perguntou aos seus discípulos o seguinte:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

Os homens pensaram por alguns momentos:
- Porque perdemos a calma - disse um deles - por isso gritamos.
- Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao teu lado? Perguntou Baba.
- Não é possível falar-lhe em voz baixa?
Por que gritas a uma pessoa quando estás aborrecido?

Os homens deram algumas respostas mas nenhuma delas satisfazia ao Baba.
Finalmente ele explicou:
- Quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poder escutar-se. Quanto mais aborrecidas estejam, mais forte terão que gritar para escutar um ao outro através desta grande distância.

Em seguida Baba perguntou:
- O que sucede quando duas pessoas se enamoram? Elas não se gritam, mas, sim, se falam suavemente, por quê? Seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.

Baba continuou - Quando se enamoram acontece mais alguma coisa? Não falam, somente sussurram e ficam mais perto ainda de seu amor. Finalmente não necessitam sequer sussurrar, somente se olham e isto é tudo. Assim é quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Então Baba disse: "Quando discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem ainda mais. Chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta."

Um provérbio chinês diz: "Momentos morrem, mas palavras, uma vez ditas, jamais se vão"
Dia sem compras (é possível!!!)



Dia sem compras: pendure sua carteira no próximo dia 24

O dia 24 de Novembro foi escolhido para ser um "Dia Sem Compras". O objetivo é que neste dia, além de não comprar nada, todos façam uma reflexão sobre os impactos sociais e ambientais dos nossos hábitos de consumo. Os atuais padrões de consumo são insustentáveis do ponto de vista ambiental e injustos socialmente, já que a grande maioria da população é privada do consumo de bens e serviços essenciais para uma vida digna.

Criado em 1993 pela Fundação Adbusters Media, www.adbusters.org/metas/eco/bnd (em inglês), organização canadense, o evento hoje é celebrado em mais de 55 países.

Assim como a Adbuster, o site do Dia sem Compras em Portugal (http:/gaia.org.pt/semcompras/) propõe que os consumidores questionem produtos e desafiem companhias a atuar de forma ética.

O "Dia Sem Compras" não propõe o regresso à idade da pedra nem que todos os dias sejam dias sem consumo.

O Idec apóia a causa e acredita que a data pode servir de exemplo para uma mudança dos padrões de consumo e para a formação de cidadãos conscientes, participativos e críticos. Um consumo focado nas verdadeiras necessidades e tendo em conta os aspectos sociais e ambientais inerentes à preservação do planeta e ao tratamento igual que todos os seres humanos merecem.

Para tanto, estabelece como tarefas urgentes:

consumir menos;

informar-se sobre a origem dos produtos - como e por quem foram produzidos;

fazer a separação dos materiais recicláveis e levá-los para os postos de coleta seletiva;

pressionar as grandes empresas a co-responsabilizarem-se pelos impactos provocados

Fonte:Revista do Idec

Só por hoje... não julgarei nada que aconteça.


HÁ UMA ORAÇÃO QUE DIZ . . . .

Há uma oração que diz: "hoje não julgarei nada que aconteça".

O não-julgamento cria silencio em sua mente. É uma boa idéia, portanto, começe o dia com essa frase.

E durante o dia, lembre dela toda vez que se pegar julgando alguma coisa.
Se achar difícil fazer isso durante todo o dia, pelo menos se comprometa a não julgar nada "nas próximas duas horas" ou "durante uma hora". Depois, gradualmente, vá aumentando esse tempo.

do livro As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra

novembro 09, 2007

Se ao ler você encontrar qualquer semelhança,será mera coincidência. (será?)


Como capturar porcos selvagens (Autor desconhecido)


Você sabe como capturar porcos selvagens?

Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.


O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um "outro mundo possível".

No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: "O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?"

O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.

"Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho de gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e captura o grupo todo."





"Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão."

O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando-os para o comunismo e o socialismo e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de "proteção", cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de "bem-estar social", medicina e medicamentos "gratuitos", sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha.

Quem tem a resposta!!!!??????????

O rap chega ao Senado!!!

Somos macacos conscientes??????????????

novembro 07, 2007

Passeio Socrático

Tenho pensado ultimamente muito no assunto...
O que tenho e/ou o que sou,

realmente me faz feliz?






Por Frei Beto

Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador , ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome.

Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças.

"Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse.



O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo:refrigerantes,sorvetes etc.

A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos
da população, nos submete ao consumo de símbolos.

O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade.

Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável.

É próprio do humano

- e nisso também nos diferenciamos dos animais -
manipular o alimento que ingere.

A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico.

A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte.

Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia:

sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais.

Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis.

Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.

Marx já havia se dado conta do peso da geladeira.

Nos "Manuscritos econômicos e filosóficos" (1844), ele constata que

"o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens.

Portanto, em si o homem não tem valor para nós."



O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos.

As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social.

Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão.

Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas, tem alma.

Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria-espírito

Ora, se dizem a nós que um aborígene cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém.
Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia?

Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife.

Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier;

não se adquire um carro, e sim uma Ferrari;

não se bebe um vinho, mas um Château Margaux.

A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em cinderela...

Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, do poder.

Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos uma aura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos.

E se somos privados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.

Não importa que a pessoa seja imbecil.

Revestida de objetos cobiçados, é alçada ao altar dos incensados pela inveja alheia.

Ela se torna também objeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela mas não é ela: bens, cifrões, cargos etc.

Comércio deriva de "com mercê", com troca.

Hoje as relações de consumo são desprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas.
Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre o vendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.

Agora o supermercado suprime a presença humana.

Lá está a gôndola abarrotada de produtos sedutoramente embalados.

Ali, a frustração da falta de convívio é compensada pelo consumo supérfluo.

"Nada poderia ser maior que a sedução" - diz Jean Baudrillard - "nem mesmo a ordem que a destrói."

E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela Internet.

Sem sair da cadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.

Vou com freqüência a livrarias de shoppings.

Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo.

"Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático", respondo.

Olham-me intrigados.

Então explico:

Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo.

Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas.

E, assediado por vendedores como vocês, respondia:

"Estou apenas observando quanta coisa existe de que não
preciso para ser feliz."

Seu corpo imprime sua historia

Muito interessante...só não concordo que o corpo do recém nascido é uma página branca.E o histórico do DNA familiar?????????? E as possíveis reencarnações???????????? E a memória do inconsciente coletivo, segundo Jung???????????. Enfim, acredito que já carregamos muitas memórias, histórias, registradas anteriormente ao nosso nascimento.Mas enfim o texto não deixa de ser interessante, porque nos traz informações sobre a linguagem do corpo, muitas vezes, contraditória à linguagem oral




"Mais eficiente que a memória do computador, seu corpo registra tudo que aconteceu com você desde a infância até agora. O psicólogo e teólogo francês Jean-Yves Leloup relaciona símbolos arcaicos com várias partes do corpo e esclarece as causas físicas, emocionais e espirituais das boas sensações e de algumas doenças.

Uma página branca. É assim o corpo novinho em folha do recém-nascido. Desde o instante do nascimento e a cada fase da vida, a pele, os músculos, os ossos e os gestos registram dados muito precisos que contam nossa história. “O homem é seu próprio livro de estudo, basta ir virando as páginas para encontrar o autor”, diz Jean-Yves Leloup, teólogo, filósofo e terapeuta francês.

É possível escutar o corpo e conhecer sua linguagem, que muitas vezes se expressa por sensações prazerosas, por bloqueios ou pela dor, que nada mais é do que um grito para pedir atenção. “O corpo não mente. As doenças ou o prazer que animam algumas de suas partes têm significados profundos”, revela Leloup no livro O Corpo e Seus Símbolos (ed. Vozes).

Ele nos convida a responder algumas questões sobre pés, tornozelos, ventre, genitais, coração, pulmões e muitas outras partes. Elas podem ser nosso guia em uma viagem de autoconhecimento que toca em aspectos físicos, emocionais e espirituais: “Primeiro, podemos notar qual é nosso ponto fraco, o lugar de nosso corpo em que vêm se alojar, regularmente, a doença e o sofrimento. Há a escuta psicológica pela qual podemos prestar atenção no medo ou na atração que vivemos em relação a algumas partes do corpo. E há ainda a escuta espiritual. O espírito está presente em nosso corpo, e certas doenças e algumas crises são manifestações do espírito, que quer trilhar um caminho, que quer crescer, que quer desenvolver-se em membros que lhe resistem”, diz ele. E continua: “Algumas depressões estão ligadas a fatores emocionais, a um rompimento, uma perda, uma falência. Mas há também depressões iniciáticas, em que a vida nos ensina, por meio de uma queda, um acidente, que devemos mudar nosso modo de viver”.

Na perspectiva da espiritualidade, uma doença é uma provação: “Tudo que nos acontece serve para ampliar nossa consciência para descobrirmos o que temos no coração e na mente, para nos devolver a nós mesmos, sem ilusões. Se abandonamos o papel de vítima, podemos transformar o sofrimento e os impasses em um novo caminho. É quando paramos de procurar os culpados por nossa dor que a adversidade torna-se o meio de descobrir o limite do amor”, afirma Leloup, que também é padre cristão ortodoxo e esteve em São Paulo para falar sobre saúde e espiritualidade a convite da Universidade da Paz (Unipaz), com sede em Brasília.

Descubra a seguir quais são os símbolos associados por Jean-Yves Leloup a cada parte do corpo e responda às questões, que facilitam a reflexão e o reconhecimento do que está impresso em você. Boa viagem!

Pés, as nossas raízes
“Será que experimentamos prazer em estar sobre a terra? Podemos imaginar o corpo como um árvore. Se a seiva está viva em nós, ela desce às raízes e sobe até os mais altos galhos. É de nosso enraizamento na matéria que depende nossa subida à luz. É da saúde de nossos pés que vem o enraizamento”, explica Leloup, no livro o Corpo e Seus Símbolos, que serviu de base para esta reportagem.

Ele lembra que em diferentes práticas de ioga há a purificação dos pés, que são mergulhados na água salgada. “Pelos pés podem escorrer nossas fadigas e tensões.”

“A palavra pé, podos, em grego, relaciona-se à palavra paidos, que quer dizer criança. Cuidar dos pés de alguém é cuidar da criança que o habita. Perguntei a um sábio: ‘O que posso fazer para ajudar alguém?’ Ele respondeu: ‘Lembre-se de que essa pessoa foi uma criança, que ainda é uma criança. E que tem dor nos pés.’”

Preste atenção: verifique se seus pés são seu ponto fraco. Como você se apóia sobre eles? Em seguida, toque-os, sentindo ossos, músculos e partes mais ou menos sensíveis. Quais são suas raízes familiares? Quais as expectativas de seus pais em relação a você? Qual seu sentimento em relação a filhos?

Tornozelos, a possibilidade de ir em frente
Termômetro da rigidez ou da flexibilidade com que levamos a vida, os tornozelos têm relação direta com o momento do nascimento. “Por que esse é também um momento de articulação entre a vida dentro e fora do útero. Alguns de nós conheceram dificuldades e viveram até traumas nesse elo que une a vida fetal com o mundo exterior. O corpo guardou essa memória e a expressa na fragilidade dos tornozelos”, diz o filósofo.

Segundo Leloup, os tornozelos simbolizam também o refinamento da vida, as relações íntimas e a articulação do material com o espiritual. As pessoas em que o tornozelo é o ponto fraco têm dificuldade de avançar nos vários aspectos da vida. Dar um passo a mais é ir além de nossos limites e também saber aceitar o que se é, seja isso agradável ou não. “Essa é a condição para ir mais longe”, finaliza ele.

Preste atenção: você costuma ter dor nos tornozelos? Essa região é rígida ou flexível? Sofreu entorses? Em que momentos de sua vida eles ocorreram? É difícil avançar em direção ao que você quer? Qual é o passo que você precisa dar e o passo ao qual resiste?

Joelhos, o apoio para dar e receber colo
A flexibilidade é uma das qualidades importantes para que os joelhos sejam saudáveis. “Quando eles são rígidos, é provável que surjam problemas na coluna vertebral e nos rins”, lembra Leloup, que nos revela o significado mais profundo dessa parte do corpo. “Em algumas línguas, estranhamente há uma ligação entre a palavra filho e a palavra joelho. Em francês, por exemplo, genou, joelho, tem a mesma raiz da palavra générer, gerar. Em hebraico, joelho é berekh, e também bar e bèn, que significa filho. (...) Assim, ser filho, ser filha é estar no colo, envolvido por esse gesto, que é o elo entre os joelhos e o peito. (...) Temos necessidade de dar e receber essa confirmação afetiva. E manter alguém no colo, sobre os joelhos serve para manter o coração aberto”, finaliza.

Preste atenção: observe como são seus joelhos. Eles são flexíveis, rígidos, doloridos? É bom tocá-los ou não? Quem o pegou no colo quando você era criança? Esse gesto de intimidade é familiar para você? Qual a sensação? E você, para quem dá colo (seja fisicamente, seja como símbolo de acolhimento)?

Genitais, a energia de vida
Nesse extenso capítulo do livro O Corpo e Seus Símbolos, o teólogo Jean-Yves Leloup fala dos tipos de amor e prazer, dos traumas e das sensações vividos na infância que marcam para sempre nossa sexualidade. Ele ressalta que o encontro de dois corpos pode ser mais que físico. “A representação mais primitiva de Deus foi encontrada na Índia e são o lingan e a ioni, o símbolo fálico masculino e o genital feminino. Assim a representação do sexo foi a primeira feita pelo homem para evocar Deus – porque o sexo é onde se transmite a vida. Dessa maneira, passa a ser o local da aliança, algo de muito sagrado”, considera Jean-Yves Leloup. “Portanto, a sexualidade não é somente libido. Essa libido pode tornar-se paixão, passar através do coração e transformar-se em compaixão. É sempre a mesma energia vital, que muda e se transforma de acordo com o nível de consciência no qual nos encontramos.”

Preste atenção: quais são suas dores ou doenças relacionadas aos órgãos genitais? Você sofre desses males? Qual a sensação diante dos seus genitais (vergonha, repulsa, prazer)? Qual sua postura em relação à sexualidade (à sua própria e ao sexo no contexto cultural)?

Ventre, o centro processador de emoções
Estômago, intestinos, fígado, vesícula biliar, baço, pâncreas, rins são os órgãos vitais abrigados em nosso ventre. Eles são responsáveis pela transformação do alimento em energia, pela absorção de nutrientes e pela eliminação de toxinas.

Emoções como raiva, medo, prazer e alegria acertam em cheio essa região e também precisam ser digeridas. Leloup aponta que “o perdão tem uma virtude curativa porque podemos tomar toda espécie de medicamento, sermos acompanhados psicologicamente, mas há, por vezes, rancores que atulham nosso ventre, nosso estômago, nosso fígado”. Ele destaca que todas as partes do corpo lembram a importância de respeitar o tempo de digestão e assimilação de tudo que nos acontece de ruim e também de bom.

Preste atenção: como é sua digestão? Quando você tem uma forte emoção, sente frio na barriga ou alguma reação na região? Quais foram os fatos difíceis de ser digeridos em sua vida? O que há por perdoar?

Coração e pulmões, o pulso vital
Esses dois órgãos estão intimamente ligados a nossa respiração. “O coração é um dos símbolos do centro vital, ele é o centro da relação. (...) E é importante observar como nossa vida afetiva influencia nossa respiração. (...) Às vezes, nos sentimos sufocar porque não correspondemos à imagem que os outros têm de nós, e isso também impede que o coração bata tranqüilamente. Para alguns, querer ser normal a qualquer preço, querer agir como todo mundo, pode ser fonte de doenças”, assinala o psicólogo Jean-Yves Leloup.

Agir de acordo com suas vontades mais genuinas e aceitar o que se é, mesmo que isso não combine com o grupo, pode ser uma das formas de se libertar e sair do sufoco.

Preste atenção: você já teve períodos prolongados de angústia ou tristeza? O que liberta sua respiração e o que o sufoca? Você se preocupa muito com a imagem que as pessoas têm de você? Já parou para ouvir as batidas de seu coração e o das pessoas a quem você ama? O que deixou seu coração partido? O que o fez bater feliz?
Dar colo é fazer o elo entre os joelhos e o coração
Agir conforme sua vontade liberta a respiração"


Texto: Liliane Oraggio Cocchiaro

novembro 04, 2007

Faltam passarinhos, sobram pernilongos



Mais um email recebido e interessante para deixar arquivado no blog.
Estamos aos poucos impermeabilizando nossos quintais, nossas ruas, nossas cidades, nosso planeta. E com isso provocando toda uma mudança, que vamos, ou melhor,que já estamos arcando com as consequências.
Se não podemos assumir a responsabilidade maior diante do Planeta, ao menos podemos e devemos, assumir a responsabilidade da nossa própria casa, fazendo com que nela a ecologia seja respeitada.



Quem mora aqui no interior de SP está convivendo com milhões de pernilongos. Seca? Efeito estufa? Lixo? Falta de passarinho?




Ops! Falta de passarinho? Isto mesmo! Um passarinho come até 150 pernilongos por dia. Com a falta deles, os pernilongos fazem a festa em nossas casas.

Faltam passarinhos por causa de desmatamento? Um pouco. Faltam passarinhos por causa dos venenos que colocam nas plantações? Isto também contribui. Estes venenos agrícolas são verdadeiras armadilhas para eles, que comem e depois morrem envenenados.

Faltam passarinhos porque a casa de cada um de nós está cada vez mais anti-ecológica? Sim, senhor!


"Como assim"? Você me pergunta. "Minha casa está cada vez mais anti-ecológica? Porque"?

Faz tempo que eu tenho notado este fenômeno. São 4 mudanças fundamentais no quesito "jardim":

1) cada vez mais as casas estão impermeabilizadas. Ou seja, progressivamente os lugares onde existiam plantas (grama, jardim, árvores, etc.) estão sendo cimentados. Isto diminui, obviamente, os espaços onde os passarinhos e outros animais podem encontrar abrigo, alimento, etc.

2) as grandes árvores em frente das casas fazem sombra, refrescam a casa, mas geram folhas (sujeira segundo algumas donas de casa) e diminuem a iluminação dos postes de luz. Ruas com muitas árvores grandes são mais escuras. Por causa do medo de assalto as árvores, principalmente as grandes, estão sendo cortadas ou não substituídas quando elas morrem. Ganha-se em luz e em menos "sujeira".

Hoje são comuns casas sem árvores na frente. Andei por 3 bairros neste domingo e todas as árvores de grande porte que eu vi são árvores antigas, plantadas décadas atrás. Nada de árvore de grande porte plantada recentemente. Quando plantam, são árvores de pequeno porte e praticamente nunca árvore frutífera.

3) existem poucas áreas públicas e estas áreas públicas estão com pouco ou sem árvores e arbustos nativos. Isto é importante! Os passarinhos de sua região estão adaptados a comer frutos de árvores nativas. Por isto é importante que estas árvores (arbustos, etc.) tenham preferência na hora de serem plantadas. Dezenas destas plantas estão desaparecendo. Quando foi a últimas vez que você comeu bacaúva? Talvez você nem conheça esta fruta, tão consumida a 60 anos atrás.

Hoje, com a Internet qualquer um pode descobrir quais são as plantas nativas de sua cidade, arrancar o cimento do quintal e fazer um belo de um jardim. E ter a alegria de alimentar outros seres vivos.

4) a estética preferida nos jardins atualmente geram um deserto verde: coqueirinhos, coqueirinhos, mais coqueirinhos. Para quebrar um pouco a monocultura de coqueiros coloca-se outras plantas que não produzem frutos, nem flores e nem dão abrigos aos animais. Ou seja, um deserto verde.

Tudo isto diminui a quantidade de alimentos e abrigos para os passarinhos. Diminui a quantidade deles que se alimentam de pernilonogos, que vão na sua casa te comer, que te fazem acordar a noite e colocar veneno nos quartos para você e sua família se intoxicarem.

novembro 01, 2007

CURSO DE ESCUTATÓRIA


ai,ai,ai...
concordo plenamente com o texto a seguir. Ontem mesmo encerrei um curso na escola em que precisei ouvir muito, analisar muito, refletir muito...e segurar muito a boca que queria falar o tempo todo! (e logicamente, algumas vezes não consegui).
O curso era de ética na escola. Perfeito!
Não veio com receitas prontas, ao contrário, nos deixou completamente em crise, em conflito.
E por isso mesmo, ele foi perfeito!
Porque se há crise, há a possibilidades de mudanças, (ou não)...
Bom, oportunamente deixarei aqui registrado algumas informações aprendidas, analisadas, e refletidas do curso, bem como dos professores que nos orientaram.
Por enquanto deixo o texto, que recebi via email, e que veio a calhar




"Sempre vejo anunciados cursos de oratória.
Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. . .

Escutar é complicado e sutil.






Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro:
"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".

Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial.

Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.)

Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.

Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".

Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora.
É preciso silêncio dentro.
Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto".

RUBEM ALVES