Um rio nunca é o mesmo..


EU... caçador(a) de mim


O fator tempo muda de forma irreversível um objeto ou entidade...

e o que pensamos ser a mesma coisa, só porque tem o mesmo nome, na realidade é algo em fluxo contínuo de mudança.

Compartilho o meu olhar...o meu olhar mutante.

agosto 07, 2009

SONETO LXV - William Shakespeare

Ainda ilustrando o mesmo tema...
Recebi da tutora da minha turma do curso
"Mídi@s na Educação"
este soneto de Shakespeare, escrito abaixo, abordando perfeitamente a convivência difícil dos velhos paradigmas e dos novos, confirmando a frase, com a qual concordo do educador/filósofoMario Sergio Cortella "Somos a edição melhorada de nós mesmos".

SONETO LXV
Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar,
Pode sobreviver a formosura,
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte assédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do Tempo a tirania?
Onde ocultar - meditação atroz -
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que mão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o Tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor.

Não, Tempo, não zombarás de minhas mudanças!
As pirâmides que novamente construíste
Não me parecem novas, nem estranhas;
Apenas as mesmas com novas vestimentas.

William Shakespeare

agosto 06, 2009