Um rio nunca é o mesmo..


EU... caçador(a) de mim


O fator tempo muda de forma irreversível um objeto ou entidade...

e o que pensamos ser a mesma coisa, só porque tem o mesmo nome, na realidade é algo em fluxo contínuo de mudança.

Compartilho o meu olhar...o meu olhar mutante.

janeiro 26, 2008

30 de Janeiro - DIA DA NÃO-VIOLÊNCIA

Esta semana fui ao enterro de um parente querido de uma amiga...vitimado pela violência tão frequente em nossos dias.Nem é preciso dizer o quanto todos os envolvidos estão sofrendo com tal perda repentina.

E ironia ou não do destino, recebo este texto abaixo, via mail, justamente agora em que estou revoltada com o acontecimento, questionando, refletindo meus valores, meus sentimentos frente a fatos como este.

A vida de líderes como este nos inspira, nos impulsiona para o bem,para a solidariedade, para a paz, mas como nos manter com os sentimentos nobres diante da violência???? Como perdoar acontecimentos tão brutais, ainda mais quando ele é sentido na própria pele?

Como educadora, como mãe, e como cidadã, sei do meu papel perante os que convivem comigo para construir e vivenciar uma cultura de paz, uma cultura de não violência.

Trabalhamos o ano passado, em nossa escola, num projeto , as questões éticas que permeam a boa convivência, que permitem a resolução de conflitos sem o uso da violência, para que, não só as crianças, mas também nós os adultos, pudéssemos construir novos valores, sentimentos e atitudes.
A necessidade do projeto surgiu porque sentimos que algo deveria ser feito, não adianta ficar cobrando deste ou daquele, ficar no blá blá blá. Fala-se muito, e ação que é bom, nada!
Então, a escola como formadora de cidadãos tem esse poder e dever.
É uma sementinha que plantada deve ser regada constantemente, não só com palavras, mas com atitudes vividas também pela equipe escolar. Afinal, as crianças aprenderão pelos nossos atos e não pelas nossas palavras.


Mas, torno a perguntar...

COMO NOS MANTER ÍNTEGROS DIANTE DA VIOLÊNCIA ???

Bom, lendo um pouco da biografia de Gandhi, e tomando sua vida como exemplo podemos

após a poeira baixar, após a revolta se acalmar...

podemos nos inspirar nele e seguir nossa vida de maneira mais pacífica.







Dia da não-violência lembra a morte de Ghandi


O pacifista indiano Mohandas Gandhi, dito o Mahatma

O dia 30 de Janeiro foi proclamado pela ONU como o dia da não-violência em homenagem a Mohandas K. Gandhi cujo assassinato ocorreu nessa data, em1948. Trata-se de uma iniciativa voltada à educação para a paz, a solidariedade e o respeito pelos direitos humanos.

Gandhi, também chamado Mahatma (que significa "grande alma", "alma iluminada"), nasceu na Índia, em 1869. É considerado um dos principais expoentes do pacifismo e da luta pelo respeito e realização dos direitos humanos e da justiça.

Após estudar direito na Inglaterra, foi trabalhar na África do Sul como advogado. Lá começaram as suas primeiras ações de protesto não-violento contra o racismo, baseadas na resistência pacífica e na não cooperação com as autoridades.

Ao fim de anos de luta, e depois de ter conseguido algumas melhorias para a comunidade indiana na África do Sul, decidiu voltar ao seu país de origem - a Índia - e lutar pela sua independência. O país era uma colônia do Império Britânico. Graças a seus esforços, a Índia conquistou a independência em 1947.

Os procedimentos e as formas de luta que Ghandi propôs e utilizou eram:


Manifestações pacíficas: diálogos, testemunhos, petições, marchas, jejuns, greves de fome, orações e cooperação com os mais oprimidos.


Não-cooperação, por meio de boicote sistemático dos produtos ingleses e da recusa a colaborar com um regime ou com um sistema considerado injusto.


Desobediência civil, por meio da violação intencional, organizada, sistemática de leis consideradas injustas.

Gandhi teve grande influência entre as comunidades religiosas hindus e muçulmanas da Índia. No entanto, a tensão entre os dois grupos era enorme e resultou no surgimento do Paquistão, país de maioria muçulmana. Foi por tentar unificar hindus e muçulmanos que Gandhi acabou assassinado por um hinduísta radical.

Apesar de ter sido indicado cinco vezes entre 1937 e 1948, o pacifista que enfrentou o poder da Inglaterra nunca recebeu o prêmio Nobel da Paz. Décadas depois, no entanto, o erro foi reconhecido pelo comitê organizador do prêmio.

Além disso, quando o Dalai Lama (Tenzin Gyatso) recebeu o Nobel em 1989, o presidente do comitê disse que o prêmio era "em parte um tributo à memória de Mahatma Gandhi".

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